sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A música do fim de semana

Conheci o Jason Mraz há uns dez dias, fuçando nos lançamentos de discos dos Estados Unidos. E qual foi a minha surpresa de, poucos dias depois, receber We Sing, We Dance, We Steal Things no suplemento da Warner Music.

Achei o som do cara muito simpático. O disco - o quarto deste norte-americano - não acompanha a inspiração de canções como esta "I'm yours" do clipe aí, ou a ótima faixa de abertura, "Maket it mine", que você ouve no player logo abaixo, junto com mais quatro faixas do álbum. Mesmo assim, é um cara para você prestar atenção.


Discover Jason Mraz!

Ótima sacada


quarta-feira, 27 de agosto de 2008

iPhone 3G vai custar mais de R$ 2 mil no Brasil

Steve Jobs, criador do iPhone (divulgação)

A Folha On Line acaba de trazer que a Claro começa a vender o cobiçado iPhone 3G já no mês que vem.

De acordo com a matéria, a própria Claro já está oferecendo o aparelho aos clientes. Por R$ 100, você já faz a reserva do celular mais legal de todos os tempos. O preço, claro, será abatido na compra do aparelho e quem desistir, a Claro devolve a grana. É o que diz o texto.

Mas quanto vai custar o 3G? 200 dólares, como é nos Estados Unidos? A matéria da Folha diz que a Claro não informa preço nem quando vai, de fato, começar a vender os aparelhos.

Mas eu prefiro dizer para vocês: Claro que não (vai vender só por 200 dólares)

Eu soube já há alguns dias, de fonte bastante segura, o preço do iPhone no Brasil.

O aparelho que toca música, navega na internet, passa vídeos e fotos e ainda faz ligações vai sair por R$ 400 - uma pechincha, não?! - para quem aderir ao plano de, se eu não me engano, 900 minutos da Claro, o que dá uns 300 e poucos reais por mês.

Sacou? Você paga 400 reais pelo aparelho, vai desembolsar mais de 300 contos por mês, em um contrato de um ano e meio, ou dois anos. Algo assim. Em um ano, por baixo, você vai ter torrado mais de 4 mil reais para ter um iPhone.

Mas se você quiser um plano menor, você também vai poder levar o iPhone 3G, só que por impressionantes 2 mil e 300 reais (o preço de dois N95, da Nokia).

Não sei se são esses preços mesmos. Pode ser que não, mas também pode ser que sim. Pode ser até que seja mais alto do que isso. Eu não duvido. Sempre achei estranho esse custo tão baixo (200 dólares) por um aparelho tão foda (quanto os outros similares estão na casa dos 2 mil reais) a troco de nada.

Vamos esperar a Claro anunciar os preços e saber se minha fonte era mesmo segura, ou não.

Led Zeppelin de volta ao estúdio

A dica da minha amiga Gil amanheceu na minha caixa de e-mails: o Led Zeppelin está de volta aos estúdios, pela primeira vez em 25 anos.

Quem especula é o semanário inglês The Sun.

De acordo com o jornal, Jimmy Page, John Paul Jones e Jason Bonham têm trabalhado em um novo material em seções secretas, em Londres.

Bohan confirmou ao jornal que tem feito algumas letras e trabalhado com Page e Paul Jones, “mas não sei se vai dar em algo”, declarou.

Robert Plant está nos Estados Unidos, em turnê com a cantora country Alison Krauss.

Tomara que seja verdade. Apesar de tanto tempo, os caras têm seguido na ativa e estão batendo um bolão. Não seria nada mal um Zep novinho em folha.

Em dezembro do ano passado, o grupo fez uma histórica apresentação em Londres (na foto aí em cima)

A matéria origal do The Sun está aqui.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Beastie Boys+Jorge Ben Jor = Curumin


Como prometido, aqui está a matéria que o Jornal da Paraíba trouxe domingo com o Curumin. O texto segue na íntegra e, logo em seguida, umas músicas do Japan Pop Show, que é muito show. Só tem um porém: vou ficar devendo a entrevista em áudio, porque eu tenten postar no Deezer, e do Deezer disponibilizar aqui, mas o Deezer só faz upload de arquivos com mais de 300 kb e os arquivos da entrevista tem menos que isso. Vou tentar juntar os dois e depois ponho aqui. Divirtam-se!

Samba-rock de primeira
Misturando Jorge Ben com Beastie Boys, Curumin está entre as três apostas do JP para o pop nacional

Curumin é hoje um dos mais promissores músicos pop da atualidade. Seu segundo álbum, ‘JapanPopShow’, levou o paulistano de 31 anos ao status de the-next-big-thing, ou o próximo artista a estourar. O disco de 13 faixas e algumas participações especiais rendeu pomposos elogios da crítica e tem conquistado um público antenado que chega ao MySpace do rapaz (www.myspace.com/curumin), assiste a um show do músico ou põe as mãos no próprio CD, distribuído em esquema independente.

‘JapanPopShow’ é uma coleção de hip-hops precisos, sambasrock de primeira, funk, soul e dub. O som é um feliz casamento entre Jorge Ben Jor e Beastie Boys e desponta como um dos fortes candidatos a disco do ano. Músicas como “Compacto” têm o melhor suingue desde “Balança pema”, enquanto “Kyoto” é uma explosão ragga com batidas de rap e refrão pegajoso, cuja letra atenta para questões ambientalistas, G8 e, claro, o Protocolo de Quioto. Já o neo funk carioca “Caixa Preta” e o tecno-brega “Magrela” foram licenciados pela poderosa Eletronic Arts e deverão fazer parte, respectivamente, do próximo jogo da série ‘Need For Speed’ e do ‘Fifa Soccer 2009’.

Este é o segundo disco do cantor, compositor e multinstrumentista, que já tocou com Arnaldo Antunes – com quem veio à Paraíba em 2002, para o extinto Centro em Cena –, Otto e Vanessa da Mata. ‘Achados e Perdidos’, de 2003, é a estréia discográfica de Curumin. “Era um projeto bem experimental. A gente tava procurando formas e idéia”, conta ao JORNAL DA PARAÍBA, nos bastidores do Mada, que aconteceu no fim de semana passado em Natal (RN). A primeira formação tinha DJ, dois percussionistas, um tecladista, um baixista e Curumin cantando e tocando cavaco e violão. Hoje, ele sobe ao palco para tocar bateria, guitarra, cavaco e cantar, acompanhado apenas por um DJ e um baixista.

APELIDO
Curumin é o apelido de infância de Luciano Nakata, neto de japoneses por parte de mãe. “Tinha esse lance de ser sansei e ter um cabelo tipo tijelinha quando era garoto, por isso me chamavam Curumin”, conta Luciano, que este ano está dedicado 100% à carreira musical. Até o ano passado, ele trabalhava com ONGs e na área de educação, o que o levou a ter uma percepção crítica e aguçada do planeta que a gente vive e isso está bem refletido nas músicas. “Eu gosto de estar informado, de ler, mas não levanto bandeira não. Tem muita coisa que eu não acho legal e eu sou um cara que tenho meus posicionamentos. Então a minha música serve apenas para abrir o debate”, explica.

As letras conscientes e bem escritas são embaladas por um som de primeira, fruto de um leque enorme de referências do rapaz, que se mostra inteligente e profundo conhecer da música negra, tanto a brasileira quanto a gringa. “Influências? Para mim é uma pergunta muito confusa”, comenta. “Eu tenho um iPod com cinco mil músicas. Hoje, em dia você não compra mais três CDs e fi ca ouvindo esses três CDs o mês inteiro. Com o MP3, você fica ouvindo várias músicas, de gêneros e estilos diferentes, todo dia, e isso acaba influenciando você de várias maneiras”.

Do iPod de Curumin, ele cita alguns álbuns que andava ouvindo na época do Mada: “Tenho ouvindo um disco da Clementina de Jesus chamado ‘Vai Clementina, Vai’, um disco do Sly & Family Stone chamado ‘Stained!’ e o ‘Matita Perê’, do Tom Jobim, que eu tô sempre escutando”, encerra.


Discover Curumin!

The Cult em Fortaleza

O The Cult, uma das bandas mais (vá lá) cultuadas dos anos 1980, estará no Nordeste em outubro. A novidade foi confirmada hoje pra mim pela assessoria do Ceará Music.

Poxa, que legal. O Cult que eu ouvia quando era guri (veja bem, até hoje so conheço de verdade os álbuns Love, de 1985 - que, por sinal, estou ouvindo agora -, e Electric, de 1987, estará aqui, bem pertinho de casa.

O Cult eu ouvia na mesma época que o Sisters of Mercy e o The Mission. O The Mission eu vi em 2002 no Abril Pro Rock daquele ano, junto com meu amigo Paulo Santos. Foi uma aventura e tanto, não Paulo? Chegamos no meio do show, pensando que ainda era a passagem de som!!!! Os caras tocaram cedo pra caralho.

Pronto, agora só falta o Sisters vir aqui pra João Pessoa.

O Ceará Music vai rolar entre nos dias 9, 10 e 11 de outubro no Marina Park Hotel e no Mucuripe Club. É assinado pela D&E Entretenimento e pela 77 Eventos e Promoções.

Além do Cult já foram confirmados o grupo sueco de hardcore Millencolin, NX Zero e Rita Lee. Hoje, Pitty e Capital Inicial entraram na escalação.

Clique aqui para ir ao site do Ceará Music.

Abaixo, uma seleção que eu fiz de músicas dos discos Love e Electric que eu gosto:


Discover The Cult!

Ando tão ocupado...

Meus queridos 9 leitores, estou tão triste... tenho vindo pouco aqui compartilhar o que se passa no mundo da música e da tecnologia, e por isso estou triste, porque sei que vocês estão indo embora, me abandonando...

Mas é que esse dias têm sido bem corridos.

Eu praticamente estou sem fim de semana há duas semanas. Primeiro, cobri o Mada. Neste último, tive aula o sábado inteiro e, no domingo, fiz um curso de noivos (?!), para poder casar na igreja (!), de modo que eu tô emendado, sem ver um diazinho de folga.

Além do mais, ando meio enrolado com o apartamento. Lembra que no começo deste blog eu iria falar sobre como é sofrido escolher o apartamento e doloroso comprar um. Pois é, eu e Lílian até achamos, mas eu estava esperando todo o processo terminar para postar um texto aqui a respeito desta louca aventura.

Fora isso, minha jornada de redação e Funesc têm sido bastante intensas.

A gente tá produzindo muito lá no Jornal da Paraíba. Bastante entrevistas e pautas, graças à Deus. Hoje trouxemos entrevista exclusiva com Deborah Colker (foi o Renato Félix quem fez). Amanhã (quarta, 27), tem uma entrevista com MGMT que a produção do Tim Festival passou só pra gente (pelo menos na Paraíba) e também amanhã eu entrevisto, por telefone, o pessoal do Cansei de Ser Sexy sobre o disco novo.

Domingo o JP trouxe três apostas minhas na nova música pop. Todas eu vi no Mada, portanto, já são conhecidas aqui de vocês: Curumin, Mallu Magalhães e Lunares. Mas os textos são inéditos. O próximo post terá a matéria do Curumin e eu também colocarei músicas do fabuloso disco dele e trechos bem legais da entrevista, em áudio.

A quem interessar possa, sábado que vem, no teatro Santa Roza, aqui em João Pessoa, estarei ministrando uma oficina de assessoria de imprensa para grupos de teatro, dentro da programação da Mostra Estadual de Teatro e Dança. Começa às 10h.

Então é isso. Espero voltar à velha forma o mais breve possível. Portanto, não sumam, ainda!

sábado, 23 de agosto de 2008

A música do fim de semana



Olha, teve gente me cobrando a música do fim de semana (passado), que não postei porquê tava no furacão do Mada (em compensação, vocês viram, ouviram e leram algumas bandas nacionais bem legais).

Então estou de volta hoje com uma dica que me foi passada pelo querido André Ricardo Aguiar, escritor aqui de João Pessoa, a quem já deu dicas de Sigur Ros.

A pedida é o The Last Shadow Puppets, que nunca ouvira falar até ele gravar um CD pra mim.

Estava pesquisando agora, e descobri que é um projeto entre Alex Turner, vocalista do Arctic Monkeys (bem que desconfiei...), e Miles Kane, de uma banda indie chamada Rascals.

O disco se chama The Age Of The Understatement e saiu lá for a no começo de maio.

À primeira audição, parece o Racounters de Alex Turner. E, cá entre nós, dá de 9 no Arctic Monkeys. E ainda tem as luxuosas London Metropolitan Orchestra.

Aqui está um vídeo da faixa-título do álbum


Conheça mais no MySpace da banda.

Show de Ney Matogrosso em João Pessoa é cancelado

Estava animada para ver o novo show de Ney em João Pessoa, minha senhora?! Então aqui vai a má notícia: o show foi cancelado.

O elogiado Inclassificáveis seria apresentado no dia 2 de setembro na Praça do Povo do Espaço Cultural. Não vai mais, e ninguém diz porque.

Até agora, a produtora do show, a Casa de Taipa Produções, sediada em João Pessoa, não se pronunciou oficialmente a respeito.

Par ao Nordeste, o site oficial do cantor só fala dos shows no Recife (4/9) e Fortaleza (6/9).

A Casa de Taipa Produções - cujo site ainda faz propaganda do show - tem dado uns tiros n'água. Ano passado, trouxeram Bethânia, mas só de segunda. Anunciaram uma data e depois vieram com um "show de Bethânia adiado". Depois anunciaram Maria Rita e, às vésperas do show, cancelaram a apresentação. Agora, Ney.

A Casa de Taipa promete trazer, em outubro, Adriana Calcanhotto.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O Rappa e a transposição do São Francisco


Juro a vocês que, depois de ouvir mais atentamente ao disco novo d’O Rappa, achei que a versão para “Súplica Nordestina” não estaria ali gratuitamente, afinal, estamos falando do Rappa, uma banda que levanta bandeiras e tal.

Então pensei que o clássico gonzagueano seria uma brecha para o grupo falar da transposição do Rio São Francisco, um assunto palpitante aqui no Nordeste.

Mas não.

Aliás, tive a impressão que os caras comeram mosca e não ligaram uma coisa a outra. Pode ser que agora eles incluam o discurso da transposição em meio à música.

Aqui está a matéria que eu publiquei no Jornal da Paraíba de quinta-feira (21):

Em novo CD, Rappa grava clássico de Gonzagão em ritmo de reggae

Fé, cidadania, violência urbana, Rio de Janeiro, gente. O Rappa está de volta aos temas que fi zeram a fama do grupo carioca nos últimos 15 anos em um dos melhores álbuns da banda, 7 Vezes (Warner, R$ 32,90, em média), que acaba de chegar às lojas. Cinco anos separam o novo CD do último trabalho de estúdio (O Silêncio que Precede o Esporro) e entre um e outro, o grupo emplacou um ótimo disco acústico.

“A turnê do Acústico MTV era para ter ficado sete meses na estrada e ficou dois anos. Depois, a gente passou um ano aprontando este novo CD”, justifica o guitarrista Xandão, que completa: “A gente não tem essa obrigação com a gravadora de ta fazendo disco. A gente faz quando acha que tem algo a mostrar”.

Xandão, que é paraibano, falou com o JORNAL DA PARAÍBA no Mada, em Natal (RN), na madrugada da última sexta-feira. Tinha acabado de fazer um dos últimos shows da turnê que passou por João Pessoa em junho, cujo repertório não deu brechas para o novo disco. ‘7 Vezes’ terá lançamento nacional em uma temporada de três dias no Canecão (RJ) a partir do próximo dia 28.

A nova turnê já tem datas até o final do ano e passa por Campina Grande no dia 30 de novembro. “A gente nunca foi a Campina Grande e fica muito feliz de poder ir agora, com o disco novo. Nossa história sempre foi na estrada, uma banda que está o tempo todo ao lado da galera. A gente faz o máximo que puder para chegar o mais longe possível”, conta Xandão.

7 Vezes traz 13 músicas d’O Rappa (das quais, 10 do Marcelo Lobato) e uma versão para “Súplica Cearense”, de Gordurinha e Nelinho, uma das canções mais famosas do repertório de Luiz Gonzaga. “O Falcão tinha um disco do Luiz Gonzaga e quando ele viu a letra, adorou. Daí foi mostrar pra gente”, conta Xandão, revelando que o grupo nem sequer chegou a ouvir a música original. Da letra, extraíram um reggae onde Falcão canta como se fosse Peter Tosh.

“Foi a letra que nos fez gravar a música. Eu mesmo não conheço a música, nunca ouvi nenhuma gravação ou regravação dela”, admite o guitarrista.

Dos versos “Oh Deus, perdoe esse pobre coitado / Que de joelhos rezou um bocado / Pedindo para a chuva cair sem parar”, “Súplica cearense” envereda pela problemática da seca no Nordeste, o que, vindo de uma banda engajada como O Rappa, poderia levar a pensar se tratar de uma abordagem à transposição do Rio São Francisco, assunto palpitante nos dias atuais na região. Mas Xandão nega.

“A gente até gosta de abordar essas questões políticas, mas é preciso ter um embasamento muito forte”, justifica. “Eu até vi um deputado, que eu não sei dizer agora qual, dizendo que não basta que pessoas que nunca beberam daquela água, nunca tomaram banho naquele rio, dizerem como deve ser. Os povos ribeirinhos, os estados que são margeados por aquele rio é que devem dar suas versões dessa história toda.

Seria prepotência da minha parte chegar e discursar sobre qualquer tipo de tema em relação a isso, até porque não vivo lá, não sei quais são as dores daquele lugar”, disse.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Campanha: Motosierra no Nordeste!

Flagrei o baixista Leonardo Bianco e o vocalista Marcos Motosierra fuçando no Meu Blog,
no
backstage do Mada. Agora tenho mais dois leitores! (foto: Olga Costa)

Ok, meus 9 leitores, preciso da ajuda de vocês.

O show do Motosierra, no Mada, foi muito bom e acho que quem não viu, tem que ver, e quem viu, tem que ver de novo.

Portanto, vamos começar, agora, uma campanha para trazer o Motosierra para o Nordeste. Dá pra fazer tranqüilo de Maceió (AL) até Fortaleza (CE).

O vocalista Marcos Motosierra me mandou um e-mail hoje empolgadíssimo com a possibilidade da banda fazer uma turnê por aqui.

Os caras já se apresentaram 8 vezes no Brasil, e no Mada foi a primeira vez no NE.

O cachê é combinável e são 4 passagens: uma saindo de SP e as outras três, de Montevidéu (Uruguai).

E os Motosierras são os caras mais tranqüilos que eu já vi. Tudo gente boa, divertidos e camaradas. Não acham nada ruim e estão aí pra se divertir mesmo. Estresse zero.

E aí, quem se habilita?! Tô dando aquela força jornalística...

Para quem não sabe do que eu tô falando, conheça aqui o MySpace do Motosierra.

Para quem não viu os antológicos vídeos do Mada, clique aqui ou aqui (com a participação de Olga Costa).

Ainda vale uma passadinha no fotolog da banda.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

É un suseço atraz do oito...

Eu não sei se isso acontece porquê eu sou muito ligado à música ou se é porquê eu atraio essas coisas mesmo, naturalmente.

O fato é que as pessoas adoram chegar pra mim com músicas do outro mundo.

Isso mesmo, do outro mundo, porque bizarrices tamanhas não podem ter sido criadas por gente deste planeta.

Estou falando de cantores (sic) como Ednaldo Pereira e Ciço Gato.

Agora é a vez de um tal Jerônimo, que produziu o hit do momento: "Gatinha devoradora".

Me disseram que esse Jerônimo canta dentro dos coletivos no Recife (PE). Outra versão já diz que é em Maceió (AL).

Talvez seja até velha, mas eu conheci hoje.

Aqui eu juntei três cássicos: o citado "Gatinha devoradora", mais "Eu sonhei com John Lennon" (Ciço Gato) e "Cãs e rãs" (desconhecido) para vocês ouvirem em alto e bom som.


Discover !


Aqui estão dois vídeos do caboclo, um tem a música com legendas (!!) e o outro, o próprio carinha cantando o hit.




Uma breve reflexão sobre a cena de Natal

Lunares, que tocou na sexta-feira (foto: Rogério Vital/divulgação)

É digno de nota, também, o salta de qualidade da cena musical de Natal. Claro que ainda existem bandas como The Volta, que segue o caminho do “cover velado”, extraindo do que tá em voga a sonoridade fácil, aplicada a letras que não fogem do trivial e que se entregam com um cover chinfrim ao final do show. Felizmente para cada The Volta do Mada, havia um Poetas Elétricos, um Lunares e um Rosa de Pedra.

Mas no geral, a percepção que eu tenho da cena de Natal é que a moçada melhorou - e muito - como músicos, como autores e como proposta, de buscar algo novo e inteligente para a música brasileira. E isso é tanto fruto de dez anos do Mada, quanto do Festival do Sol, importantíssimo no fomento do público, ao trazer o circuito alternativo uma segunda vez ao ano para Natal.

Recebi algumas demos e dois DVDs - um com a turma do selo do Anderson Foca e outro com a rapaziada do selo (ou selos...) do Alexandre Alves.

Vou assistí-los e comentar aqui mais sobre a cena de Natal, em breve.

Depois de recarregar as baterias...

Foram 48 horas para completar novamente a carga.

Afinal, três noites sem dormir, um rodízio de camarão em Ponta Negra e três super pratos de penne a bolonhesa (mas um por jantar) destroem qualquer trintão como eu.

Afinal, no primeiro Mada, eu era apenas um garoto de 22 anos. Outros tempos.

Por isso estive longe de vocês, meus agora 9 leitores (o Meu Blog teve um aumento considerável de audiência depois do Mada).

Mas eu queria fazer aqui algumas reflexões sobre o festival.

Foram três noites, 21 bandas independentes – incluindo duas atrações internacionais – e cinco headlines: O Rappa, Pato Fu, Lobão, Cordel do Fogo Encantado e Seu Jorge.

Para que servem os headlines em um festival como o Mada? Para atrair o público para os ilustres desconhecidos da noite, que têm meia-hora para mostrar porque é the next big thing.

O problema é que, como aqui em João Pessoa, o público de Natal não sai de casa antes das 23 horas. Ou seja: não adianta, o público vai mesmo para headlines e pronto.

Mas mesmo cedo, na platéia já estão os jornalistas, produtores e formadores de opinião.

Já vi de perto bandas se darem bem no Mada. O Detonautas assinou contrato depois que a apresentação dos caras foi destaque em O Globo. Felipe Lerena, da Nikita, assinou com o Cabruêra, na minha frente, no restaurante do hotel, o contrato que levaria os paraibanos para a primeira de várias turnês na Europa. E o Zefirina Bomba, quando tocou pela primeira e única vez no Mada, só tinha na platéia o Miranda, eu e mais meia-dúzia de curiosos. Foi o suficiente para dar início a carreira que levou os caras aonde eles estão hoje.

E por aí vai.

Mas o foda é que alguns colegas exigem demais da garotada. Os caras assistem aos shows como se estivessem diante dos Rolling Stones, onde nada pode sair errado, guitarra tem que estar perfeita e vocalista não pode desafinar. Eu penso que lá em cima tem um monte de estreantes, nervosos pra caralho e completamente vulneráveis a esse tipo de coisa.

Por isso, gostei de bandas que muita gente não gostou, e desgostei de outras que alguns gostaram.

domingo, 17 de agosto de 2008

Enquanto isso, no hotel...

Dez anos é uma data importantíssima para ser comemorada. Principalmente se as velas serão sopradas por um festival independente de pop-rock no Brasil, ainda mais no Nordeste, onde sai muito caro trazer artistas de partes distantes do país (como São Paulo e Rio de Janeiro), o público não dá valor e as adversidades são grandes.

Vamos reconhecer: Jomardo Jomas, em seu jeito leve e sempre astral de encarar a produção do Mada, é um herói!

Se a chuva molhou o brilho da última noite, nos bastidores um momento mágico tratava de fechar, de uma maneira bastante especial, uma década de alimento para a alma.

No piano-bar do Imirá Plaza, onde o Mada acontece há uns seis anos, eu acho, Mallu Magalhães e banda, Cordel do Fogo Encantado, Sem Horas, Bruno Negaum, Josh Rouse e companhia, jornalistas e a produção do Mada (incluindo Jomardo e Gisa) faziam uma grande jam session, com muito folk, Beatles e rock. Uma puta confraternização e, quiçá, histórica.

Pense daqui a mais dez anos. Mallu vinga como uma grande cantora e compositora e se torna um nome bastante respeitado da MPB no Brasil. Josh tem o devido reconhecimento pela sua obra e se torna, enfim, a merecida estrela internacional. E alguns dos músicos iniciantes ali chega ao sucesso, além do Cordel, que já é uma banda reconhecida em todo país.

Em algum momento, alguém vai achar uma foto (essa daí eu fiz com meu celular, mas já fiz 3 backups dela), ou um vídeo. Vai ver Mallu novinha, Josh tomando cerveja como qualquer pessoa comum, Lirinha cantando Beatles e até uma camisa do Botafogo da Paraíba! Um momento histórico onde a música, a vida e a alma foram lindamente celebradas.

Parabéns, Mada.

Invocações para uma noite líquida


Cordel do Fogo Encantado (E), Seu Jorge (D) e o público debaixo de chuva (fotos: Rogério Vidal/divulgação)

Chove chuva, chove sem parar.

Jorge Ben Jor – que já tocou duas vezes no Mada – não estava lá desta vez, mas sua música, regravada com sucesso pelo Biquíni Cavadão, era bem apropriada para o encerramento do Mada 2008, sábado (16), em Natal.

O sábado foi de sol. Bonito que só vendo. Aí veio o eclipse da lua e o Cordel do Fogo Encantado.

Sob os versos de “Chover (ou invocações para um dia líquido)”, caiu um toró que não parou pelas três atrações seguintes: Josh Rouse, Seu Jorge e Montage.

A chuva fina e constante alagou o animo do público que saiu de casa naquela noite, muito provavelmente para ver Seu Jorge, que nunca se apresentara em Natal.

O show do Seu Jorge foi bem chato, comparada ao que eu vi em João Pessoa, em janeiro deste ano. Quando terminou o show, Seu Jorge passou disparado para o hotel, com cara fechada e sozinho.

O que terá acontecido ao cantor carioca?

Antes dele teve o Josh. “Obrigado por terem ficado na chuva”, agradeceu, em inglês, o cantor e compositor norte-americano, bastante queridinho da critica e um compositor e letrista talentoso. Mesmo debaixo de chuvam, havia fãs cantando junto as músicas de Josh.

Josh fez o que prometeu, um apanhado dos seus quatro últimos trabalhos. O set list você viu aí embaixo, né? Entre os melhores momentos, “Come back (Light therapy)”, do elogiado 1972 e “Sweetie”, faixa que abre o novo CD, Country mouse, city house. Fechou o show com “Directions”, da trilha do filme Vanilla Sky, que nem constava no set.

Paola e Fabiana, as tour managers locais, me falaram que Josh em São Paulo foi um sucesso. Show em teatro para 600 pessoas, esgotado há dias, e boa parte delas correu para comprar os CDs que o músico trouxe na bagagem (entre eles o novo, 1972 e alguns EPs) - apenas um CD de Josh Rouse saiu no Brasi, Home, de 2001 se eu não me engano.

Em Natal, parece que só eu comprei os CDs.

O Montage eu não vi. Tava chovendo muito, eu tava todo molhado e com frio. Fiquei no backstage.

Aqui, vídeos das bandas de sábado que eu mais gostei:

Rosa de Pedra (RN)


Mallu Magalhães


Josh Rouse cantando “Directions”

Debaixo de chuva, Josh Rouse faz show impecável

Foi só o norte-americano Josh Rousa pisar no palco que caiu um toró da gota.

Debaixo de chuva, o cantor e compositor pop-folk-bossa fez um show impecável.

Acompanhei a apresentação de cima do palco. Ao meu lado Malu Magalhães estava bem atenta ao show.


Josh e eu, logo após o show



Set list (clique para ampliar)

Daqui a pouco eu falo mais sobre o show e posto um vídeo.

Agora começou Seu Jorge e a chuva nao para.

Josh me disse que era um grande fã de Seu Jorge. Não conhecia a banda Farofa Carioca e que gostava das versões que ele fez para David Bowie.

Vai entender...

O fenômeno Mallu

Fiquei bastante impressionado com o show da Mallu Magalhães, que acabou de acabar aqui no Mada.



Como você viu aí embaixo, ela é uma garota de 15 anos que compõe e canta músicas em inglês com forte influencia do folk e do country, coisa que a esmagadora maioria da garotada da idade dela não dá a mínima.



Mallu subiu ao palco com aplausos e gritos histéricos. Jovens da idade dela se acotovelavam para ver a garota de perto. E pelo telão, via-se que a turma do gargarejo sabia as letras de cor e salteado – letras em inglês, repito. A turma cantava, aplaudia e suspirava cada vez que ela sacava uma música do repertório do seu MySpace.



Mostrou, para quem quisesse, que era sim um fenômeno. Da internet, mas um fenômeno.
A banda que a acompanha é muito boa – e os integrantes, mais velhos que ela.



O grupo que está com ela se chama Pete Hassle and Something Blue, de São Paulo. O grupo já está na estrada há cinco anos - portanto, ela tinha 10 anos. “Dia desses eu tava fazendo as contas: quando ela nasceu (1992) eu tava comprando o meu primeiro violão”, diz o guitarrista Kadu Abecassies, hoje com 27 anos.



Abecassies é o caçula. O mais velho tem 41. A formação é Jorge Moreira (bateria), Thiago Consorti (baixo), Rodrigo Alencar (teclado) e Kadu. A banda está com Malu desde outubro e está para lançar o segundo álbum – o primeiro se chama Oh No, Not Yet! e pode ser ouvido no MySpace do grupo.



Ah, mas eu estava falando como eles se conheceram. Pois bem, de presente de 15 anos, Mallu pediu dinheiro aos pais para gravar suas músicas. Gravou no estúdio Lúcia no Céu (SP), de Jorge Moreira, colega de banda do professor de piano da garota, o Rodrigo Alencar. Os dois recrutaram a banda para gravar as músicas da Mallu e Kadu, que já era técnico do estúdio, conta que todo mundo ficou bastante impressionado com as composições.



A banda confere um alto nível a apresentação, mas Mallu tem seus méritos. Canta, toca violão e gaita e é afinadinha, com uma ótima pronúncia em inglês (escorrega, por incrível que pareça, quando canta em português a única música do repertório). As canções são cativantes e bem feitas e além das autorais, ela emplacou versões para “I’ve Just see a face” (Beatles) e “Folsom prison” (Johnny Cash).

Ficou curioso? Ouça as músicas da Malu aqui.

MAIS CEDO


Antes da Malu, subiram ao palco do Mada quatro bandas: Rosa de Pedra, um ótimo grupo de Natal que tem três mulheres à frente, misturando maracatu, umbanda e rock, meus conterrâneos Sem Horas, que começaram o show sem vocais e bateria, mas ao final, a performance de Igor Tadeu e cia. arrancou aplausos do público.

Macanjo (RJ) e Falcatrua (MG) apareceram em seguida, mas foram recebidos com frieza, principalmente o Macanjo, que inclui saxofone e trompetes ao baixo, rock e bateria. O Falcatrua é bem performático e cantou até a clássica "Roupa velha colorida", do repertório de Elis Regina.


com fotos de Rogério Vidal/divulgação

sábado, 16 de agosto de 2008

Morre Dorival Caymmi

Dorival Caymmi (com Chico Buarque) - 1914-2008

A notícia pegou todo mundo de surpresa neste sábado: aos 94 anos, morria o grande Dorival Caymmi.

Não posso dizer que sou um grande fã, até porquê nem conheço a obra do baiano como deveria.

Mas faço aqui, através deste post, uma homenagem a um grande artista.

Aqui estão obtuários e depoimentos sobre o músico

Obituário - Estadão

Obituário - O Globo

Repercussão - Chico Buarque

Repercussão - Glória Maria

Repercussão - Lula

Discografia

A filha de Bob Dylan

Alguns posts atrás, eu falava de um filme que eu tinha visto e gostado muito, The Son of Rambow (O Fillho do Rambow).

É um filme que, acima de tudo, fala da amizade entre dois garotos bem diferentes - um bem pestinha e outro bem ingênuo e bonzinho.

Com um enredo que se passa na Inglaterra dos anos 1980, o bonzinho pira o cabeção ao assistir Rambo - Programado Para Matar e passa a achar que é filho do próprio Sylvester Stallone! (o que rende ótimas tiradas)

Acabei de ver a passagem de som da Malu Magalhães, uma garota de 15 anos alçada a hype por ser uma garota de apenas 15 anos que abraçou o folk (gênero nada comum por aqui), canta e compõe em inglês, toca violão e gaita e sua imagem parece a de um jovem Bob Dylan de saias.

Então podemos dizer que é a Filha de Dylan, certo?!

O show é daqui a pouco, aqui em Natal. Aqui está um trecho da passagem de som que rolou nesta tarde:


Mada: segunda noite é do Lunares




Curumim e Lunares - no alto - Poliéster e Pato Fu - embaixo (fotos: Rogério Vidal/divulgação)


A segunda noite do Mada chegou ao fim. Ou quase. O Pato Fu acabou de sair do palco, depois de uma apresentação divertida. Alguém esperava menos? Eu não. O grupo, que voltou com disco novo (Daqui Pro Futuro) depois de um tempo, fez um show "Greatest Hits", revisitando o melhor da discografia.

Tocaram até o metal "Capetão".

Agora quem tá tocando é o Lobão. Engana-se quem pensa que ele está fazendo o repertório do Acústico, que eu gosto bastante. Por isso que eu tô aqui, no computador. Sacou?

Hoje foram oito bandas, além do Pato Fu e do Lobão. Três foram de Natal: The Volta, Lunares e Síntese Modular. Gostei muito do Lunares. Fiquei de bobeira com o show. Com letras em português e um som que remete aos primeiros discos do U2, referências a Coldplay e Muse, fizeram um dos melhores shows desses dois dias.

Com 21 anos de idade - ele tinha 11 quando o Mada começou - o vocalista Rodrigo é um dos mais promissores cantores da nova geração do rock potiguar, talvez, do rock nacional. A versatilidade com que ele vai do falsete suave ao agudo gritado (no melhor estilo de bandas como o citado Muse) é quem dá essa moral a ele.

A música do trio têm letras consistentes e é melodicamente muito bem resolvido. É uma ótima promessa para o futuro.

Nesta noite também rolou o Subáquaticos, que acabei não vendo, porque fui para tenda eletrônica, o Políester, que acabou não funcionando tão bem ao vivo, além de ter tido problemas com a luz, e o tão falado Curumim, que correspondeu muito bem a todas as minhas expectativas. É um samba-funk de primeira, liderado pelo tal Curumim, que é filho de japoneses. Ele canta e toca bateria e no palco, é acompanhado por um DJ e um baixista, ambos munidos de sintetizadores. O resultado é contemporâneo, as letras são inteligentes e o suíngue é de primeira!
A noite também teve Autoramas. Para mim, ainda é uma das grandes bandas de rock do país.

Aqui está um vídeo que fiz com o celular do Curumim. Mas aconselho que você dê uma passada no MySpace do garoto, que vale muito à pena.



Bem, agora eu vou ver o final do show do Lobão.

Interrogatório do Batman



Muito bom esse vídeo que começou a circular na net.

Agora pense no Coringa como seu euzinho aqui e no Batman como sendo os fãs ultra-ortodoxos que elevaram 'Cavaleiro das Trevas' a categoria de oitava maravilha do mundo e divirtam-se!

(quem, a esta altura, ainda não sabe o que eu penso do filme, faça uma busca em posts mais antigos)

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Aeróbica ciberpunk


Estou na sala de imprensa do Mada. Acabei de vir de uma performance da paulista Madame Mim, um desses fenômenos da cena electroclash.

Primeiro foi o DJ. Depois, a rave. E agora, as performances. Num palco apertado, uma vocalista e um DJ botam a molecada para dançar.

Ano passado, o Montage, do Ceará, fez uma performance inesquecível no Mada. Na chamada tenda eletrônica, destinada a DJs, o grupo arrastou o público do Detonautas e o lugar ficou pequeno e quente (em todos os sentidos), a ponto de garotinhas de fino trato levantarem a blusa na hora do "Peitinho" (alguém gravou, botou no Youtube, mas três dias depois já tinha sido retirado).

Não sei se foi isso (o show do Montage, não o vídeo dos "Peitinhos") que detonou uma onda electro em Natal, mas o fato é que um dos grupos mais populares da cidade é o Barbekill, que se apresentou ontem. Fui dar uma volta e passei pela tenda. Vi um burburinho e pensei até que era algum sorteio da Tim (patrocinadora do festival). Era um show da molecada, bem animado.

Daí hoje foi a vez da Madame Mim. Nascida em Buenos Aires há 28 anos, há 25 morando em São Paulo, Madame Mim é Mariana Eva que, acabei de descobrir, chegou a fazer parte da banda Polux, de onde saiu a Bianca do Leela.

Mariana embarcou na onda electro. Com um ano, já foi duas vezes a festivais da Europa e se apresenta pela primeira vez em Natal, com total reverencia por parte da molecada.

Impressionado com a voracidade com que garotos e garotas na faixa dos 15 aos 20 anos idolatravam a cantora, perguntei a Mariana se a onda electro era uma coisa teen. “É uma geração nova, mais antenada com o electro, que também é uma coisa nova. O rock ficou para os mais velhos”, disse.

Mariana confirmou que a idéia é a pura diversão mesmo. Com um collant amarelo e violeta, em cima de uma mesa e cantando em espanhol letras sem o menor sentido sobre batidas aceleradas, a impressão que dava era de se estar em uma aula de aeróbica ciberpunk ou coisa parecida. Na platéia, a molecada levantava faixas, cartazes e dava gritinhos histéricos.

Moral da história: meia-hora de balada frenética, camisa suada e meio quilinho a menos.


O rock de verdade do Motosierra


Poetas Elétricos, Motosierra e NV, na noite desta quinta-feira, no Mada (foto: Rogério Vital/divulgação)

Já passa das três da madrugada desta sexta-feira (16) quando começo a escrever estas mal traçadas linhas.

Desde pontuais 21h30 vejo uma maratona de shows de bandas de todos os tipos. É assim um festival de música pop. É assim o Mada, que acontece até sábado na arena do Imirá Plaza, em Natal (RN).

Foram sete bandas, mais O Rappa fechando a noite. Confesso que fiquei decepcionado, porque o grupo carioca não tocou nada do disco novo, 7 Vezes, que tem lançamento oficial nesta sexta-feira.

Mas o show dos uruguaios Motossierra fez a noite valer muito à pena. Mas já já eu falo dele.

Hoje eu vi Poetas Elétricos (RN), que me pareceu uma mistura de Morcheeba com a Blitz. Depois rolou o Amps e Lina (PE) - em busca do Radiohead perfeito -, os cariocas NV (nü metal com categoria, um dos shows mais empolgantes da noite), os ingleses, opa, pernambucanos do Sweet Fanny Adams (para fãs do Strokes) e o irado Brand New Hate (RN), bem legal também.

Eu não posso dizer que vi o Rastafeeling, porque eu não vi mesmo. Não gosto de reggae, mas o público de Natal gosta bastante.

E esse mesmo público não gostou do Motossierra. Ou recebeu com estranheza os quatro rapazes uruguaios.

Tomemos o rock como um gênero rebelde, provocativo e debochado. Leve tudo isso a máxima potência e você vai ter uma vaga noção do que é o show do Motosierra.

Quando cruzei com o baixista, que seguia de cabeça baixa, solitário, a caminho do palco, com uma camiseta amarela do The Cramps, eu tive a certeza que o show iria prestar.

Ensurdecedor, visceral e tresloucado são as três palavras que resumem a apresentação. O vocalista Marcos Motosierra é o melhor sucessor de Iggy Pop. Berra, pula, grita, baixa as calças e enfia o microfone (ligado) no fiofó. Isso mesmo.

Às vezes, lembra Axl Rose dos tempos de Live ?!*@ Like a Suicide.

Pula no público e chama voluntários para a platéia. Quando menos espero, lá está a minha amiga Olga, roqueira e fã dos uruguaios, dividindo os vocais de "Rock 'n' roll all night" (Kiss) com Marcos. Tá tudo gravado (eu mesmo gravei, com um celular Sony-Erisson com 3.2 mega pixel) e agora no Youtube:


O som é ininteligível. As guitarras altas e o baixo galopante. Mas a energia é fora do comum.

Veja aqui outro vídeo. Aumente o volume!


Pena que o público era de Jah, rastafari e ganja! Não tinha sensibilidade para se embasbacar com uma legítima apresentação de rock 'n' roll como essas.

Vou dormir. São quase 4 horas. Tô só o coió.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Mãe, cheguei!

Mais de 24 horas sem postar e eu já estava me coçando aqui.

É que eu estava deixando tudo pronto para poder vir ao Mada 2008.

Acabo de chegar a Natal e sobreviver às crateras que ligam João Pessoa (PB) a Natal (RN).

A estrada, que está sendo duplicada, vai bem até pouco depois da divisa entre os dois estados. Depois, tome muito cuidado, caso contrário vai ficar pela estrada.

Fiz o percurso em 2h40, o que é bom, considerando os buracos e também os caminhões.

Viemos eu e minha amigona Olga, que vai cobrir o festival pro Lado Norte. No som, rolou Richard Cheese (de gozação), Teenage Fanclub, Nina Simone e uns avulsos lá. E muito pop sobre rock, Batman - Cavaleiro das Trevas, Nova York, Los Angeles e pessoas.

Acabo de chegar no hotel e vou dar um rolé no festival - que começa daqui a pontuais 3 horas - para sentir o clima.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sai www, entra wwc. Como assim?

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Este texto aqui acabou de ser postado no blog da Info On Line.

Sim, sai a World Wide Web e entra no lugar o World Wide Computer O que quer dizer isso? Que uma velha tese de Eric Schmidt, CEO do Google, formulada quando ele ainda estava na Sun, virou realidade: quando a rede se torna tão rápida quanto o processador, o computador se espalha pela rede.

Quem anda dizendo isso é o escritor americano Nicholas Carr, que está de novo em São Paulo para falar de sua conhecida tese sobre utility computing, agora reciclada como computação de nuvem. Na Interop, hoje cedo, ele comparou pela milésima vez as redes de energia elétrica com as redes de computação. E previu que, da mesma forma que as indústrias que geravam sua própria energia passaram a comprá-la de terceiros, as empresas vão deixar de tratar de TI dentro de casa para partir para a computação de nuvem.

Em dez anos, prevê Carr, tudo será radicalmente diferente: não só Salesforce e Amazon estão construindo esse mundo, mas também os grandes fornecedores convencionais de tecnologia, como Microsoft, Oracle e SAP. A web 2.0, também baseada na computação de nuvem, tratará de levar as mudanças para outras frentes, da interface das empresas com os consumidores aos produtos.

O que sobrará para os departamentos de TI das empresas? Atuar como broker na escolha dos serviços prestados de fora, tratar da lógica da informação, e não de máquinas, e ter um papel de consultor de negócios, muito menos técnico. Carr não parece ter idéias muito variadas sobre TI, mas tem uma grande idéia, que faz todo o sentido e que ele defende muito bem. Quem viver verá.

Dez anos?! Tudo isso. Dez anos é 2018. Eu diria que em 2014, tudo já vai ser radicalmente diferente.

É só você parar para pensar no seguinte: estamos em 2008. Em 2005, portanto, há três anos, wi-fi era apenas uma tecnologia iminente, e ninguém falava em 3G. Celular bacana tinha câmera de, no maximo, 1 mega e custava os olhos da cara. As locadoras estavam a pleno vapor e os camelôs piratas ainda eram visto com desconfiança pela população. E mais: conexão veloz era 512 kb. 1 mb era coisa fora do comum. Hoje, BH e RJ já têm 12 mb.

Então em três anos a gente já navega com o celular, com pelo menos, 1 mb, do meio da rua. Em três anos...

Acho que em dez anos, pelo menos três revoluções radicais a gente vai viver... ou mais.
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'7 Vezes' é O Rappa em grande forma

Recebi hoje o CD 7 Vezes, o novo álbum do Rappa.

Minhas primeiras audições foram bastante empolgantes.

Eu conheço o Rappa desde 1995, quando estava na universidade de Jornalismo.

Vi o Rappa Mundi chegar às lojas e passei a acompanhar de perto a trajetória dos caras.

Cheguei a fazer uma longa entrevista com Yuka quando a banda esteve em João Pessoa, em 2000. Depois saimos para comprar discos, ele, eu e uma amiga dele, jornalista americana que acompanhava O Rappa pelo Nordeste.

Poucos meses depois, Yuka foi assaltaldo, ficou paraplégico e, em 2001, saiu da banda.

Mas continuei prestigiando O Rappa. Confesso que andava meio de saco cheio das mesmices. Afinal, há cinco anos eles não lançavam um disco de inéditas - o último foi O Silêncio Que Precede o Esporro (adoro esse título - o disco, nem tanto).

Aí agora lançaram este 7 Vezes.

Minhas primeiras impressões são as seguintes: é um disco bem trabalhado. A faixa de abertura, "Meu santo tá cansado", tem até cordas. O vocal de Falcão nunca esteve tão versátil. Ele realmente estava buscando coisas novas para a carreira da banda. Os arranjos são mais consistentes e, no geral, o disco me lembra o último do Red Hot Chilli Peppers, Stadium Arcadium, que eu gosto bastante e também fez com que eu me reaproximasse da banda (veja bem, sou um cara que não gosta do Californication, viu?!)

Aqui, uma palhinha do disco. Escolhi cinco faixas do novo CD (são 14 no total) para vocês ouvirem.

As faixas são:

1. Meu santo tá cansado
2. Hóstia
3. Monstro invisível (o primeiro single, que eu já havia postado aqui)
4. Maria
5. Súplica cearense

Já me perguntaram porque eu não posto para download. Porquê não acho correto. O disco tá chegando agora nas lojas e os caras suaram a camisa para botar o produto na rua. Acho que a gente deveria valorizar. Bem, este é um ponto de vista meu, que coleciono CDs (pago caro por eles) e, definitivamente, não ajudo o camelô da esquina, que não faz porra nenhuma da vida a não ser comercializar um mero control C+ control V, a ter um barco e casa na praia, enquanto eu tive que encarar uma universidade, pagar uma especialização e me lascar em jornadas exaustivas de redação para ter um carrinho.

Mas acho legal compartilhar para vocês ouvirem, como se estivessem lá em casa e eu falasse: "vamos ouvir o disco novo do Rappa?!".


Discover O Rappa!

Dá-lhe Amy!


A diversão da hora é um jogo on line em que a cantora Amy Winehouse enfrenta Hulk, Hellboy e Batman, entre outros astros da temporada, com socos, chutes, litros de whiskey e até seringas!

O objetivo do jogo, de acordo com uma matéria postada agora à pouco na Folha On Line, é fazer com que Amy resgate o marido da prisão.

Simplesmente hilário.

O jogo se chama Scape From Hehab (algo como Escape do Centro de Reabilitação), referência ao hit mais famoso da cantora e, claro, seu público envolvimento com drogas.

Na verdade, o game faz parte de uma ação promocional para promover o novo besteirol dos criadores de Todo Mundo em Pânico, Disaster Movie, que estréia nos Estados Unidos no fim deste mês.

Você pode jogar o joguinho on line, na internet. Basta acessar o site aqui. Boa diversão.

Um papo sobre MPB com Josh Rouse

Como prometi, aqui está a matéria com o Josh Rouse. Foi capa no Jornal da Paraíba desta terça-feira (12).

Aqui vocês encontram o texto, na íntegra, e um trecho em áudio do papo que eu tive com ele.

“Eu queria conhecer o Kassin”

Por: ANDRÉ CANANÉA

SOTAQUE BRASILEIRO - Josh Rouse disse que é fã
de Jorge Ben Jor e revelou que seu próximo disco
terá uma sonoridade afro-brasileira
Lá fora, a imprensa estrangeira não pára de elogiar o talento e as composições de um norte-americano chamado Josh Rouse. Com pouco mais de 10 anos de carreira e oito álbuns lançados (apenas um deles chegou por aqui, ‘Home’, de 2000), Josh ainda é um nome relativamente desconhecido no Brasil, embora tenha canções em filmes consagrados, como ‘Vanilla Sky,’ e na série ‘House’. Mas isso pode mudar esta semana, quando o cantor e compositor chegar aqui para dois shows, um em São Paulo (sexta-feira) e outro em Natal, no encerramento do festival Mada (sábado).

Ele nasceu no condado de Paxton, Nebrasca, há 36 anos. Depois de ter percorrido meio Estados Unidos, fixou residência numa pequena cidade da costa do Mediterrâneo, na Espanha, terra da esposa dele. De lá, Josh falou, por telefone, com o JORNAL DA PARAÍBA, em uma das quatro entrevistas que deu para o Brasil, uma semana antes de sua chegada. “Eu espero me divertir bastante por aí e espero que o público goste das músicas. Eu sempre fui muito fascinado pelo Brasil”, declarou.

Josh vem pela primeira vez ao país, mas a nossa música lhe é bastante familiar. Fã de Jorge Ben Jor, Antonio Carlos Jobim, João Gilberto, Luis Bonfá e Gilberto Gil, ele tem até um disco (‘Subtítulo’, assim mesmo em português, de 2006) inspirado na Bossa Nova. “Rola entre os músicos dos Estados Unidos, quem tem bom gosto para música, gosta de música brasileira. Foi assim que eu os conheci, pelos meus amigos”, comenta.

Josh Rouse vai passar só quatro dias no Brasil. Diz que, se tiver tempo, vai comprar uns discos de música brasileira e gostaria de conhecer Kassin, o arrojado músico e produtor responsável por discos como ‘Cê’ (Caetano Veloso), ‘Ventura’ (Los Hermanos) e ‘Sim’ (Vanessa da Mata). A reportagem informou que Josh fará seu segundo show numa região que é conhecida pelo forró. “Forró!”, vibra, com sotaque português. “Eu conheço o Forro in The Dark (grupo formado por brasileiros em Nova York). Parece com o nosso country”, compara.

O show dele, no Brasil, será um apanhado dos seus últimos quatro álbuns: o citado ‘Subtítulo’ mais 1972 (2003), ‘Nashiville’ (2005) e o novo ‘Country Mouse City House’ (2007) - no www.myspace.com/joshrouse dá para conhecer algumas músicas. E já que ele gosta tanto de música brasileira, será que vai rolar algum cover verde-amarelo? “Provavelmente não. Eu estou na Espanha e minha banda está nos Estados Unidos, então não teremos tempo para ensaiar nada”, justifica.

Cada álbum de Josh Rouse tem uma sonoridade bem peculiar. “Eu gosto que cada disco soe diferente”, confirma. Se ele mergulhou na Bossa Nova em ‘Subtítulo’, em ‘Country Mouse...’ as canções navegam no folk e no soft rock. “Meu próximo disco vai soar bem brasileiro”, revela. “Terá letras em espanhol e será bem percussivo, com sonoridades que remetem a uma percussão afro-brasileira”. O disco, entretanto, só deverá sair em 2010.

Ouça um trecho da entrevista apertando o play abaixo.

Discover !

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Blues de primeira categoria

Serviço:

O que - Oi Blues By Night, com Andreas Kisser (Sepultura) e Vasco Faé (Irmandade do Blues)

Quando – Sexta-feira (15 de agosto), às 19 horas

Onde – Teatro de Arena do Espaço Cultural Jose Lins do Rego

Quanto – R$ 10 (inteira) e R$ 5 (estudante), à venda antecipadamente nas lojas Oi da Epitácio Pessoa e shoppings Mag, Tambiá e Manaíra.

Informações – 83-3621-1800


Vai ser massa!

domingo, 10 de agosto de 2008

Putz, morreu o Isaac Hayes



Fiquei sabendo agora da morte deste grande cantor de Soul, Isaac Hayes.

Vi nesta matéria do Uol.

Não sou um grande fã, mas já ouvi algumas coisas dele. E ele também era o Chef do sensacional South Park, o politicamente incorreto desenho animado.

Meu tributo a Hayes vai em forma desta pequena seleção aqui.


Discover Isaac Hayes!

sábado, 9 de agosto de 2008

No sufoco de Chuck Palahniuk


Um dos autores que eu costumo ler é o americano Chuck Palahniuk.

Não sei se você o conhece, mas talvez conheça seu livro mais famoso, Clube da Luta.


O livro virou filme em 1999, não é tão bom quanto o livro, mas ainda é um grande filme, estrelado por Edward Norton e Brad Pitt.

Os textos do Palahniuk são ácidos e corrosivos. Ele é um grande contador de histórias, suas narrativas são envolventes e, principalmente, malucas. Completamente insanas.

Os enredos criados por ele, pode ter certeza, você não verá, quer dizer lerá, nada parecido.

Esta semana, fiquei sabendo que já está para estrear Choke, filme de Clark Gregg baseado no livro homônimo dele, traduzido no Brasil sob o nome de No Sufuco.

É um dos livros mais surpreendentes que eu já li.

Entenda surpreendente como bizarro. Pelo menos aqui.

A história gira em torno de um sujeito que tem um emprego medíocre em uma espécie de museu vivo e uma mãe doente. Para financiar o tratamento da mãe, aplica golpes em restaurantes, fingindo sufocar (o tal "choke") com a comida e ser amparado por uma alma caridosa. A tal alma é tão caridosa que é capaz de enviá-lo um cheque por mês ao saber de suas condições um tanto penosa.

Lembro de um capitulo inteiro onde o tal personagem (não lembro o nome agora) e um amigo vão ao clube de strip-tease e Palahniuk dá uma verdadeira aula de ginecologia, numa viagem minuciosa a partir das partes, digamos, intimas das moças, a medida que as peças vão caindo ao chão.

Chuck Palahniuk não é só mestre na arte de descrever situações nem um pouco convencionais, mas de tocar fundo na ferida do american way of life.

Eu gostei do trailer (este que está aí embaixo) e fiquei animado, embora saiba que o filme não chegue ao nível de perturbação que o texto de Palahniuk propicia na leitura.


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A música do fim de semana


No final da tarde desta sexta-feira (8), falei com Josh Rouse, por telefone.

Sim, ele mesmo, a sensação alt-country que estará no Brasil na próxima semana – sexta-feira (15) em São Paulo, no Sesc Vila Mariana, e sábado (16) em Natal, no Mada.

Ele estava na Espanha (e eu, em João Pessoa), foi muito gentil e paciente com meu inglês. Eu tinha acabado de tirá-lo (o inglês) do fundo de baú e ele estava bastante sujo e enferrujado.

Não vou adiantar aqui a entrevista – vocês terão que esperar para lê-la no Jornal da Paraíba da próxima semana. Mas posso dizer que ele está bastante animado para tocar no Brasil e que o show será um apanhado dos quatro últimos discos dele: 1972 (2004), Nashville (2005) e Subtitulo (2006) e o recente Country Mouse, City House (2007).

Ah, uma curiosidade: ele está morando na Espanha, terra da esposa dele. A banda que vai tocar com ele no Brasil vem dos Estados Unidos. Perguntei se eles não ensaiam. Ele disse que não. “A gente vai se encontrar no Brasil, passar o som e tocar”. Simples assim.

Aqui, fiz um seleção de músicas desses quatro álbuns, incluindo “Directions”, que está na trilha sonora do filme Vanilla Sky (curiosamente, ele não quis falar muito sobre o diretor Cameron Crowe, que também coloco-o na trilha de Quase Famosos, nem comentar os filmes).

Então eis as minhas músicas deste fim de semana:


Discover Josh Rouse!

A boça da Bossa

Carlos Lyra, Fernanda Takai, Emílio Santiago, Leny Andrade e
Miele, quinta-feira (7) em João Pessoa (foto: Anderson Silva)


Confesso que esperava mais do show Um Papo Com Bossa' que o Banco do Brasil promoveu ontem (7) em João Pessoa, como ponto alto da passagem do CCBB Itinerante na capital da Paraíba.

O elenco, estelar: Fernanda Takai, Carlos Lyra, Leny Andrade, Emílio Santiago e Luiz Carlos Miele. O repertório, uma tijela de biscoitos finos. Mas aí faltou "o" show!

De maneira burocrática, cada um dos quatro primeiros citados aí acima mostrou três ou quatro números. Entre uma atração e outra, Miéle contava piadas requentadas e algumas histórias engraçadas. E num determinado momento, cantou "Lígia", de Jobim.



Set list (clique para ampliar)

Eu - e acredito que mais um bocado de fãs desse pessoal todo que estava lá - esperávamos encontros e duetos que se tornariam memoráveis. Afinal, se Lyra tinha uma ligação tão grande com Nara Leão, e se Fernanda foi escalada por ter se proposto a mergulhar no cancioneiro de Nara, porque não um encontro, no palco, entre os dois?

Mas valeu. A apresentação de Leny Andrade valeu à pena. Fernandinha - que já tive o prazer de ciceronear, junto com o Pato Fu, algumas vezes em João Pessoa -, estava bem deslocada, embora tenha ficado com o melhor repertório da noite (só clássicos). Lyra deu uma palhinha das suas parcerias com Ronaldo Bôscoli e Vinícius de Morais, contou algumas histórias (entre elas, os bastidores do tão falado show do Carnegie Hall, em Nova York) e, claro, fez propaganda do seu livro.

Emílio Santiago, honestamente, não disse a que veio. E ainda filou, num pedaço que tirou da calça, uma versão em francês para "Eu sei que vou te amar". Foi o último dos quatro a se apresentar e também o mais sem sal.

Então era aquilo: entra, canta, sai. Entra, canta, sai. O resultado foi morno, quando poderia ser quente. Tanto talento assim, desperdiçado por falta de uma proposta um pouco mais arrojada, como a Bossa Nova pedia (merecia).

Embaixo, um trechinho do último número, quando os cinco cantam "Chega de saudade". Tá bem borrado, eu sei. Fiz com meu celular. Mas dá para ouvir legal, pelo menos. Aumenta o som!