Carlos Lyra, Fernanda Takai, Emílio Santiago, Leny Andrade e
Miele, quinta-feira (7) em João Pessoa (foto: Anderson Silva)
Miele, quinta-feira (7) em João Pessoa (foto: Anderson Silva)
Confesso que esperava mais do show Um Papo Com Bossa' que o Banco do Brasil promoveu ontem (7) em João Pessoa, como ponto alto da passagem do CCBB Itinerante na capital da Paraíba.
O elenco, estelar: Fernanda Takai, Carlos Lyra, Leny Andrade, Emílio Santiago e Luiz Carlos Miele. O repertório, uma tijela de biscoitos finos. Mas aí faltou "o" show!
De maneira burocrática, cada um dos quatro primeiros citados aí acima mostrou três ou quatro números. Entre uma atração e outra, Miéle contava piadas requentadas e algumas histórias engraçadas. E num determinado momento, cantou "Lígia", de Jobim.
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Eu - e acredito que mais um bocado de fãs desse pessoal todo que estava lá - esperávamos encontros e duetos que se tornariam memoráveis. Afinal, se Lyra tinha uma ligação tão grande com Nara Leão, e se Fernanda foi escalada por ter se proposto a mergulhar no cancioneiro de Nara, porque não um encontro, no palco, entre os dois?
Mas valeu. A apresentação de Leny Andrade valeu à pena. Fernandinha - que já tive o prazer de ciceronear, junto com o Pato Fu, algumas vezes em João Pessoa -, estava bem deslocada, embora tenha ficado com o melhor repertório da noite (só clássicos). Lyra deu uma palhinha das suas parcerias com Ronaldo Bôscoli e Vinícius de Morais, contou algumas histórias (entre elas, os bastidores do tão falado show do Carnegie Hall, em Nova York) e, claro, fez propaganda do seu livro.
Emílio Santiago, honestamente, não disse a que veio. E ainda filou, num pedaço que tirou da calça, uma versão em francês para "Eu sei que vou te amar". Foi o último dos quatro a se apresentar e também o mais sem sal.
Então era aquilo: entra, canta, sai. Entra, canta, sai. O resultado foi morno, quando poderia ser quente. Tanto talento assim, desperdiçado por falta de uma proposta um pouco mais arrojada, como a Bossa Nova pedia (merecia).
Embaixo, um trechinho do último número, quando os cinco cantam "Chega de saudade". Tá bem borrado, eu sei. Fiz com meu celular. Mas dá para ouvir legal, pelo menos. Aumenta o som!
Um comentário:
Então... Emílio Santiago tem uma voz maravilhosa, e tem um disco com canções da Bossa Nova, viu? Mas esse preconceito ferrenho que as pessoas sentem por ele, impedem de vê-lo com outros olhos. Eu, particularmente, gosto!
Carlos Lyra cantou "musiquinhas bonitinhas" e vendeu seu "livrinho" legal! Não há o que reclamar dele, afinal foi regular o tempo inteiro!
Claro, claro, claaaaaaaaaaaaaaaaro que Leny Andrade se destacou! Também não tinha como ser diferente, né? Que vozeirão danado! Agora, cá entre nós, E COM TODO O RESPEITO DO MUNDO AO TALENTO DELA, já disseram a ela que, no teatro, os focos de luz são importantíssimos para a beleza da apresentação? Ela não acertou um "foquinho" sequer e, algumas vezes, ficou no escuro! Se não fossem as luzes gerais, a senhorinha estaria lascadinha da Silva!
Fernanda Takai é linda, dá vontade de levar pra casa... e estava com um sapatinho de Dorothy lindo! kkkkkkkkkkkkkkkk
E Miele... arrancou de mim essa risada: "ha ha ha".
(Enquanto escrevia, visualizava todas as tuas caretas em censura aos meus apontamentos! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)
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