terça-feira, 19 de agosto de 2008

Depois de recarregar as baterias...

Foram 48 horas para completar novamente a carga.

Afinal, três noites sem dormir, um rodízio de camarão em Ponta Negra e três super pratos de penne a bolonhesa (mas um por jantar) destroem qualquer trintão como eu.

Afinal, no primeiro Mada, eu era apenas um garoto de 22 anos. Outros tempos.

Por isso estive longe de vocês, meus agora 9 leitores (o Meu Blog teve um aumento considerável de audiência depois do Mada).

Mas eu queria fazer aqui algumas reflexões sobre o festival.

Foram três noites, 21 bandas independentes – incluindo duas atrações internacionais – e cinco headlines: O Rappa, Pato Fu, Lobão, Cordel do Fogo Encantado e Seu Jorge.

Para que servem os headlines em um festival como o Mada? Para atrair o público para os ilustres desconhecidos da noite, que têm meia-hora para mostrar porque é the next big thing.

O problema é que, como aqui em João Pessoa, o público de Natal não sai de casa antes das 23 horas. Ou seja: não adianta, o público vai mesmo para headlines e pronto.

Mas mesmo cedo, na platéia já estão os jornalistas, produtores e formadores de opinião.

Já vi de perto bandas se darem bem no Mada. O Detonautas assinou contrato depois que a apresentação dos caras foi destaque em O Globo. Felipe Lerena, da Nikita, assinou com o Cabruêra, na minha frente, no restaurante do hotel, o contrato que levaria os paraibanos para a primeira de várias turnês na Europa. E o Zefirina Bomba, quando tocou pela primeira e única vez no Mada, só tinha na platéia o Miranda, eu e mais meia-dúzia de curiosos. Foi o suficiente para dar início a carreira que levou os caras aonde eles estão hoje.

E por aí vai.

Mas o foda é que alguns colegas exigem demais da garotada. Os caras assistem aos shows como se estivessem diante dos Rolling Stones, onde nada pode sair errado, guitarra tem que estar perfeita e vocalista não pode desafinar. Eu penso que lá em cima tem um monte de estreantes, nervosos pra caralho e completamente vulneráveis a esse tipo de coisa.

Por isso, gostei de bandas que muita gente não gostou, e desgostei de outras que alguns gostaram.

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