terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sai www, entra wwc. Como assim?

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Este texto aqui acabou de ser postado no blog da Info On Line.

Sim, sai a World Wide Web e entra no lugar o World Wide Computer O que quer dizer isso? Que uma velha tese de Eric Schmidt, CEO do Google, formulada quando ele ainda estava na Sun, virou realidade: quando a rede se torna tão rápida quanto o processador, o computador se espalha pela rede.

Quem anda dizendo isso é o escritor americano Nicholas Carr, que está de novo em São Paulo para falar de sua conhecida tese sobre utility computing, agora reciclada como computação de nuvem. Na Interop, hoje cedo, ele comparou pela milésima vez as redes de energia elétrica com as redes de computação. E previu que, da mesma forma que as indústrias que geravam sua própria energia passaram a comprá-la de terceiros, as empresas vão deixar de tratar de TI dentro de casa para partir para a computação de nuvem.

Em dez anos, prevê Carr, tudo será radicalmente diferente: não só Salesforce e Amazon estão construindo esse mundo, mas também os grandes fornecedores convencionais de tecnologia, como Microsoft, Oracle e SAP. A web 2.0, também baseada na computação de nuvem, tratará de levar as mudanças para outras frentes, da interface das empresas com os consumidores aos produtos.

O que sobrará para os departamentos de TI das empresas? Atuar como broker na escolha dos serviços prestados de fora, tratar da lógica da informação, e não de máquinas, e ter um papel de consultor de negócios, muito menos técnico. Carr não parece ter idéias muito variadas sobre TI, mas tem uma grande idéia, que faz todo o sentido e que ele defende muito bem. Quem viver verá.

Dez anos?! Tudo isso. Dez anos é 2018. Eu diria que em 2014, tudo já vai ser radicalmente diferente.

É só você parar para pensar no seguinte: estamos em 2008. Em 2005, portanto, há três anos, wi-fi era apenas uma tecnologia iminente, e ninguém falava em 3G. Celular bacana tinha câmera de, no maximo, 1 mega e custava os olhos da cara. As locadoras estavam a pleno vapor e os camelôs piratas ainda eram visto com desconfiança pela população. E mais: conexão veloz era 512 kb. 1 mb era coisa fora do comum. Hoje, BH e RJ já têm 12 mb.

Então em três anos a gente já navega com o celular, com pelo menos, 1 mb, do meio da rua. Em três anos...

Acho que em dez anos, pelo menos três revoluções radicais a gente vai viver... ou mais.
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Um comentário:

Gil de todos os dias disse...

Eita que é um aluno pra lá de aplicado de Ciberespaço né?!! antenadíssimo!! muito bem!! =)