domingo, 17 de agosto de 2008

O fenômeno Mallu

Fiquei bastante impressionado com o show da Mallu Magalhães, que acabou de acabar aqui no Mada.



Como você viu aí embaixo, ela é uma garota de 15 anos que compõe e canta músicas em inglês com forte influencia do folk e do country, coisa que a esmagadora maioria da garotada da idade dela não dá a mínima.



Mallu subiu ao palco com aplausos e gritos histéricos. Jovens da idade dela se acotovelavam para ver a garota de perto. E pelo telão, via-se que a turma do gargarejo sabia as letras de cor e salteado – letras em inglês, repito. A turma cantava, aplaudia e suspirava cada vez que ela sacava uma música do repertório do seu MySpace.



Mostrou, para quem quisesse, que era sim um fenômeno. Da internet, mas um fenômeno.
A banda que a acompanha é muito boa – e os integrantes, mais velhos que ela.



O grupo que está com ela se chama Pete Hassle and Something Blue, de São Paulo. O grupo já está na estrada há cinco anos - portanto, ela tinha 10 anos. “Dia desses eu tava fazendo as contas: quando ela nasceu (1992) eu tava comprando o meu primeiro violão”, diz o guitarrista Kadu Abecassies, hoje com 27 anos.



Abecassies é o caçula. O mais velho tem 41. A formação é Jorge Moreira (bateria), Thiago Consorti (baixo), Rodrigo Alencar (teclado) e Kadu. A banda está com Malu desde outubro e está para lançar o segundo álbum – o primeiro se chama Oh No, Not Yet! e pode ser ouvido no MySpace do grupo.



Ah, mas eu estava falando como eles se conheceram. Pois bem, de presente de 15 anos, Mallu pediu dinheiro aos pais para gravar suas músicas. Gravou no estúdio Lúcia no Céu (SP), de Jorge Moreira, colega de banda do professor de piano da garota, o Rodrigo Alencar. Os dois recrutaram a banda para gravar as músicas da Mallu e Kadu, que já era técnico do estúdio, conta que todo mundo ficou bastante impressionado com as composições.



A banda confere um alto nível a apresentação, mas Mallu tem seus méritos. Canta, toca violão e gaita e é afinadinha, com uma ótima pronúncia em inglês (escorrega, por incrível que pareça, quando canta em português a única música do repertório). As canções são cativantes e bem feitas e além das autorais, ela emplacou versões para “I’ve Just see a face” (Beatles) e “Folsom prison” (Johnny Cash).

Ficou curioso? Ouça as músicas da Malu aqui.

MAIS CEDO


Antes da Malu, subiram ao palco do Mada quatro bandas: Rosa de Pedra, um ótimo grupo de Natal que tem três mulheres à frente, misturando maracatu, umbanda e rock, meus conterrâneos Sem Horas, que começaram o show sem vocais e bateria, mas ao final, a performance de Igor Tadeu e cia. arrancou aplausos do público.

Macanjo (RJ) e Falcatrua (MG) apareceram em seguida, mas foram recebidos com frieza, principalmente o Macanjo, que inclui saxofone e trompetes ao baixo, rock e bateria. O Falcatrua é bem performático e cantou até a clássica "Roupa velha colorida", do repertório de Elis Regina.


com fotos de Rogério Vidal/divulgação

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