Como prometido, aqui está a matéria que o Jornal da Paraíba trouxe domingo com o Curumin. O texto segue na íntegra e, logo em seguida, umas músicas do Japan Pop Show, que é muito show. Só tem um porém: vou ficar devendo a entrevista em áudio, porque eu tenten postar no Deezer, e do Deezer disponibilizar aqui, mas o Deezer só faz upload de arquivos com mais de 300 kb e os arquivos da entrevista tem menos que isso. Vou tentar juntar os dois e depois ponho aqui. Divirtam-se!
Samba-rock de primeira
Misturando Jorge Ben com Beastie Boys, Curumin está entre as três apostas do JP para o pop nacional
Curumin é hoje um dos mais promissores músicos pop da atualidade. Seu segundo álbum, ‘JapanPopShow’, levou o paulistano de 31 anos ao status de the-next-big-thing, ou o próximo artista a estourar. O disco de 13 faixas e algumas participações especiais rendeu pomposos elogios da crítica e tem conquistado um público antenado que chega ao MySpace do rapaz (www.myspace.com/curumin), assiste a um show do músico ou põe as mãos no próprio CD, distribuído em esquema independente.
‘JapanPopShow’ é uma coleção de hip-hops precisos, sambasrock de primeira, funk, soul e dub. O som é um feliz casamento entre Jorge Ben Jor e Beastie Boys e desponta como um dos fortes candidatos a disco do ano. Músicas como “Compacto” têm o melhor suingue desde “Balança pema”, enquanto “Kyoto” é uma explosão ragga com batidas de rap e refrão pegajoso, cuja letra atenta para questões ambientalistas, G8 e, claro, o Protocolo de Quioto. Já o neo funk carioca “Caixa Preta” e o tecno-brega “Magrela” foram licenciados pela poderosa Eletronic Arts e deverão fazer parte, respectivamente, do próximo jogo da série ‘Need For Speed’ e do ‘Fifa Soccer 2009’.
Este é o segundo disco do cantor, compositor e multinstrumentista, que já tocou com Arnaldo Antunes – com quem veio à Paraíba em 2002, para o extinto Centro em Cena –, Otto e Vanessa da Mata. ‘Achados e Perdidos’, de 2003, é a estréia discográfica de Curumin. “Era um projeto bem experimental. A gente tava procurando formas e idéia”, conta ao JORNAL DA PARAÍBA, nos bastidores do Mada, que aconteceu no fim de semana passado em Natal (RN). A primeira formação tinha DJ, dois percussionistas, um tecladista, um baixista e Curumin cantando e tocando cavaco e violão. Hoje, ele sobe ao palco para tocar bateria, guitarra, cavaco e cantar, acompanhado apenas por um DJ e um baixista.
APELIDO
Curumin é o apelido de infância de Luciano Nakata, neto de japoneses por parte de mãe. “Tinha esse lance de ser sansei e ter um cabelo tipo tijelinha quando era garoto, por isso me chamavam Curumin”, conta Luciano, que este ano está dedicado 100% à carreira musical. Até o ano passado, ele trabalhava com ONGs e na área de educação, o que o levou a ter uma percepção crítica e aguçada do planeta que a gente vive e isso está bem refletido nas músicas. “Eu gosto de estar informado, de ler, mas não levanto bandeira não. Tem muita coisa que eu não acho legal e eu sou um cara que tenho meus posicionamentos. Então a minha música serve apenas para abrir o debate”, explica.
As letras conscientes e bem escritas são embaladas por um som de primeira, fruto de um leque enorme de referências do rapaz, que se mostra inteligente e profundo conhecer da música negra, tanto a brasileira quanto a gringa. “Influências? Para mim é uma pergunta muito confusa”, comenta. “Eu tenho um iPod com cinco mil músicas. Hoje, em dia você não compra mais três CDs e fi ca ouvindo esses três CDs o mês inteiro. Com o MP3, você fica ouvindo várias músicas, de gêneros e estilos diferentes, todo dia, e isso acaba influenciando você de várias maneiras”.
Do iPod de Curumin, ele cita alguns álbuns que andava ouvindo na época do Mada: “Tenho ouvindo um disco da Clementina de Jesus chamado ‘Vai Clementina, Vai’, um disco do Sly & Family Stone chamado ‘Stained!’ e o ‘Matita Perê’, do Tom Jobim, que eu tô sempre escutando”, encerra.
Discover Curumin!
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