A filosofia Shaolin ensina que para se tornar um mestre no kung-fu você tem que trabalhar quatro aspectos: chi (firmeza de caráter), hei (desprender-se de valores), jung (ser corajoso e heróico) e wai (ativo em todos os empreendimentos).
Eu acabei de chegar da feira. É um sabadão, o mar está lindo e o sol, quente, refrescado pela brisa sempre fresca da minha cidade.
Mas ao invés de estar na praia, eu estou em casa, com montes de batatas, cenouras, laranjas e, pelo menos, um quilo de camarões frescos.
Nunca tinha ido à feira como protagonista. Era sempre figurante, acompanhando alguém (pai, mãe, tio e até políticos em época de campanha... afinal, como esquecer a campanha de 2006 quando eu, então assessor de um candidato, me enfiei na gigantesca feira da cidade de Sapé, e na hora do rush!).
Desta vez, acatei o convite do meu Mestre Splinter, Janildo Silva, repórter de política lá do Jornal da Paraíba e a caminho da editoria geral do ClickPB.
Mas a moral da história da feira é que, agora, definitivamente, eu sou um dono de casa e marido zeloso. A ficha, enfim, caiu.
Ir à feira quando se está casado é tão importante quando cumprir um ensinamento Shaolin. Levar a listinha rabiscada num pedaço de papel, barganhar o quilo do coentro e “chorar” por um “chorinho” no quilo do camarão faz de qualquer cidadão, um verdadeiro ninja do lar.
A feira tá na mesa, tem camisa no sofá, tênis na cozinha, prato pra lavar e uma boa faxina para animar meu sabadão.
Assim, penso na filosofia Shaolin aplicada ao mundo dos recém-casados. E para você ser o Pae Mae da cocada-preta, aqui vão alguns ensinamentos:
1) Arrume um lugar descente pra morar;
2) Case (mas só depois de ter um lugar descente para morar);
3) Aprenda a gostar de lavar os pratos, panos de chão e, sobretudo, banheiro (aí você é ninja mesmo...)
4) Vá à feira;
5) Divida uma tapioca com moscas e mosquitos as 06h45 da manhã e, pra empurrar, peça um cafezinho preto naqueles suspeitos copos de vidro;
6) Exercite a paciência de ouvir... afinal, você sempre vai esquecer o alho, a salsinha e ouvir que o tomate não está nada bom;
7) Dedique sua manhã de sábado à faxina;
8) Por último, faça o almoço do fim-de-semana.
Bem... o lance da faxina é um golpe mortal. Acho que está na hora de contratar uma faxineira...
sábado, 10 de janeiro de 2009
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3 comentários:
O exercício de ouvir é bem mais difícil que faxina. Estamos todos orgulhosos de vc como mais novo ninja da irmandade, agora só falta Renato resolver entrar..
oowww Jejui!! é um hominho!!! =)
Ai, ai... Já vi que já estou com todos os ônus da vida de casada, mas sem aproveitar os bônus... E quando achar uma boa faxineira, me manda o contato dela! :D Beijos
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