quarta-feira, 18 de junho de 2008

Enfim, Max de Castro faz sua estréia em João Pessoa


Acabo de chegar do show de Max de Castro. É a primeira vez que ele se apresenta em João Pessoa. Mas não deu 100 pessoas. :-(

Max é um dos melhores compositores e arranjadores da geração 'Trama'. Ou seja: essa garotada de 30 e poucos anos que fez a fama da gravadora do João Marcelo Boscoli no começo dos anos 2000. O time era dos bons: Max, o irmão dele, Wilson Simoninha (sim, ambos filhos do grande Wilson Simonal), Jair Rodrigues, Patrícia Marx (cujo primeiro disco foi bastante subestimado), Nação Zumbi, DJ Patife, Pedro Mariano e toda essa turma.

Em dez anos, Max de Castro produziu quatro discos, um deles, 'Orquestra Klaxon' (2002), uma verdadeira obra-prima.

O problema é que essa turma ficou restrita a uma meia-dúzia de entenditos e pronto. Pouca divulgação e, por conseqüência, pouco acesso fora dos espaços moderinhos do eix0 Rio-São Paulo. Ficou naquele de"a história fará justiça ao nosso legado". E aí?

E aí que tinha menos de 100 pessoas no show de um dos mais talentosos compositores da atualidade.

Mas é assim.

É sabido que, quando Elis Regina esteve em João Pessoa pela segunda vez, num show produzido pelo jornalista Carlos Aranha em uma noite chuvosa de 1979, ainda por cima do Cinema Municipal (no tempo que cinema ainda tinha palco!), não deu ninguém.

Elis Regina, senhoras e senhores, Elis Regina.

Max veio a João Pessoa através do projeto Seis e Meia. O esquema é bem enxuto: Max cantou e tocou guitarra com um power trio (o baixista Samuel Fraga e o baterista Robinho). Quem dera viesse com o naipe de metais que integra sua banda.

Cantou as coisas boas dele ("Samba raro", "A história da morena nua que abalou as estruturas do esplendor do carnaval" - que tem música de Max e letra de Erasmo Carlos- e até uma palhinha de "Os óculos escuros de cartola") e mostrou seu lado interprete levando o público a requebrar ao som de Jorge Ben, Lulu Santos, Paralamas, Bob Marley e até Dona Ivone Lara, entre outros.

Fez a rapaziada decorar o refrão de "Demorou", anunciando que estará no seu próximo álbum (que deve ser lançado no segundo semestre, ainda sem nome). No backstage, confidenciou que era uma música de Elton Medeiros, que ele achou num disco bem antigo.

O cara é realmente foda. Mas o show renderia mais, com público maior e a banda completa.

Nesta quinta-feira, o trio se apresenta no Teatro Severino Cabral, em Campina Grande.

Depois do show, Max disse que quer dar uma conferida no Maior São João do Mundo.

"Dizem que é uma loucura lá", comentou. "Você tem que dançar um forrozinho", rebati.

Abaixo, duas palhinhas da apresentação de João Pessoa: "Samba raro" e "Que pena" (de Jorge Ben Jor)






8 comentários:

Unknown disse...

Realmente Max de Castro é maravilhoso. Fiquei me roendo porque não pude ir ao show, o JP não deixa! Mas já tive oportunidade de ver dois shows dele e simplesmente adorei. Tô gostando do blog do menino agora fascinado por cibercultura.

Beth Torres

Linaldo Guedes disse...

talvez o tempo chuvoso tenha contribuído para o pouco púbnlico. infelizmente, não pude ir. Max é muito bom, sim.

Larissa Claro disse...

Que puxa! Achei que o show das Chicas seria assim, mas até que deu bom público - inesperado, acredito.

Ana Galdino disse...

Rapaz, devo admitir que teu blog é muito legal. Gostei demais de "ter a sensação" de estar no show de Max de Castro. A mistura do texto com os vídeos foram determinantes pra isso. Arrasou!

Beijo!

Rizemberg Felipe disse...

como sempre apresentando novidades!
na proxima eu vou!

Rizemberg Felipe disse...

como sempre apresentando novidades, na proxima eu vou!!

Rizemberg Felipe disse...

como sempre apresentando novidades na proxima eu vou!

Unknown disse...

esse público de joão pessoa... sempre tão animado e animador que dá raiva.