domingo, 10 de maio de 2009

Ney Matogrosso (en)canta neste domingo, em João Pessoa

E o IV Cineport chega ao fim. Amanhã (segunda-feira), farei uma breve avaliação do que eu - pessoa física - achei do festival. Não faço hoje, porque hoje é domingo e quero ficar com a minha mãe, né?

A lista dos vencedores do IV Cineport já saiu. Clique aqui para conhecer os vencedores.

Neste domingo, a grande pedida do Cineport é o lançamento do vídeo O Herdeiro do Avôhai , sobre Zé Ramalho.

Além de dia das mães e do último dia do IV Cineport, hoje também tem show de Ney Matogrosso em João Pessoa.

A capa do caderno Vida & Arte do Jornal da Paraíba deste domingo é o grande Ney. Traz uma rápida entrevista que eu fiz com ele, onde ele fala do show 'Inclassificáveis' e do seu próximo projeto, o álbum Beijo Bandido.

A seguir, a matéria que saiu no jornal neste domingo:

Ney volta deslumbrante
Por: ANDRÉ CANANÉA

Quem está de volta a João Pessoa é Ney Matogrosso. Traz, desta vez, a aclamada turnê Inclassificáveis, show que vem percorrendo o país há dois anos. Agora, o cantor, que é um dos maiores intérpretes vivos da música brasileira, se dedica ao pop-rock, depois de servir – e bem – ao samba. O show, coroado pela Cabo Branco FM, será no teatro Paulo Pontes e está previsto para começar às 20h.

Ney não se apresenta por aqui desde o show Vagabundo, espetáculo que uniu o cantor ao grupo Pedro Luís e a Parede no palco do Espaço Cultural. Agora, Ney traz ao Paulo Pontes toda a pompa e o brilho de Inclassificáveis, com direito ao esplendoroso figurino assinado por Ocimar Versolato.

Os sambas de Cartola e Noel Rosa dão lugar aos hits de Cazuza (“O tempo não pára”, “Pro dia nascer feliz”), Los Hermanos (“Veja bem, meu bem”), Arnaldo Antunes (“Inclassificáveis”), Chico Buarque e Edu Lobo (“Ode aos ratos”), Caetano e Gil (“Divino maravilhoso”) e até Jorge Drexler (“Sea”). Tem também autores novos, como o ator/compositor Dan Nakagawa (“Um pouco de calor”). Ao todo, a apresentação tem 20 números.

A mudança, o próprio Ney explica: “Eu vim de uma banda de rock e, de vez em quando, gosto de voltar a isso”, diz o cantor ao JORNAL DA PARAÍBA, por telefone, de Fortaleza. “Eu não sou uma pessoa de cantar um repertório específico. Eu canto tudo. Eu não sou compositor, então eu desfruto de tudo que a música brasileira oferece”, completa.

A banda de rock que marcou a estréia de Ney na música foi a antológica Secos e Molhados, da qual participou Emílio Carrera, músico de apoio que acompanhava Ney, João Ricardo e Gerson Conrad, e que assina a direção musical do espetáculo. “Eu fiquei 35 anos sem encontrar o Emílio. Um dia, eu fui fazer um show em São Paulo e fiquei ouvindo o disco do Secos e Molhados. Resolvi procurar o Emílio, conversamos e eu propus que ele montasse uma banda para mim”, comenta Ney.

E lá foi Emílio buscar músicos que pudessem acompanhar o pique de Ney. “Eu queria músicos novos, que não fossem conhecidos e que segurassem o tranco, porque eu não canto só rock. Eu canto de tudo e essa banda tinha que tocar de tudo”. Esses músicos acabaram sendo Carlinhos Noronha (baixo), Junior Meirelles (guitarra/violão), Sérgio Machado (bateria), DJ Tubarão (percussão e pick up), Felipe Roseno (percussão) e o próprio Emílio, que se reveza entre o piano e o teclado.

Mas ao contrário do que os fãs mais roqueiros dos artistas possam imaginar, Inclassificáveis é, mais do que rock, um show pop. “O show não tem nada a ver com o Secos e Molhados”, avisa aos desavisados. “Teria mais a ver comigo na década de 80, mais extrovertido e mais fantasiado”, acrescenta Ney.
Esse formato pop é até mesmo anterior à turnê passada, a intimista Canto em Qualquer Canto (que não passou por aqui). “O repertório já estava formado mesmo antes de ‘Canto em Qualquer Canto’, Fiz a turnê (Canto...) e abri novamente o repertório. Foi quando entrou ‘Inclassificáveis’”, revela. “Quando eu comecei a pensar nesse projeto, a única coisa que eu sabia era que iria começar o show com ‘O tempo não pára’ e que iria cantar ‘Ode aos ratos’”, completa.

Daqui, Ney segue para Maceió e Salvador e vai descendo. Fôlego, tem de sobra. “O contato com o público é muito instigante. Tudo que eu faço na música é pretexto para chegar ao palco. Minha meta é o palco, sempre”. A turnê Inclassificáveis está no finalzinho. Ainda este mês, Ney Matogrosso volta ao estúdio para gravar um novo disco, Beijo Bandido. O repertório, dessa vez, aponta em outra direção. Ney vai regravar estandartes “classudos” da nossa MPB, assinados por gente como Villa-Lobos, Chico Buarque e Tom Jobim. “É um projeto que eu já testei no palco, junto ao público e a receptividade foi muito boa”. O CD deve ter 14 faixas.

Clique aqui para ir ao site oficial de Ney Matogrosso.

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