
Quem se apresenta hoje, em João Pessoa, é o grupo O Teatro Mágico.
Trata-se de uma trupe paulista que faz música, poesia, teatro e circo, tudo junto no palco, e se tornou um fenômeno pop teen. (leia a matéria que eu fiz para o Jornal da Paraíba sobre eles. Está no Vida & Arte).
Eu vi o primeiro show deles aqui, em João Pessoa, no ano passado. De lá para cá, eles fizeram uns três shows na cidade. Hoje é o quarto.
É bem produzido, aliás, muito bem produzido e tem um vocalista carismático. Mas não faz meu estilo não.
As letras são pobres, as músicas batidas e a poesia, chupada até o caroço do Cordel do Fogo Encantado (que, por sinal, também não me encanta lá essas coisas). O show parece coisa de EJC (Encontro de Jovens com Cristo), mas eu prefiro que a molecada veja o Teatro Mágico a esses emos que, peramordeus, são a coisa mais nefasta surgida na industria musical desde Milli Vanilli. Veja bem, minha crítica aos emos é no sentido puramente musical: som paupérrimo, letras feias, ridículas e completamente artificiais, pose demais, comercial demais etc.
Para mim, os emos faturam em cima de uma coisa bastante séria: as emoções humanas. E até agora, não conheci um emo que não tivesse nessa pelo sucesso, pela fama e pelo dinheiro. Eles simplesmente não vivem o que cantam e vendem gato por lebre. E me dá nos nervos vê todos esses adolescentes levarem isso tão à sério. Já vi shows de grupos emos que a garotada sofre, se acaba, se abala, corta o cabelo e fica deprimida e isso é simplesmente ridículo.
Quando o Joy Division fazia um som sombrio e deprê, aquilo era pra valer. Tanto que o vocalista, Ian Curtis, se matou aos vinte e poucos anos. E o Joy Division é uma banda cultuada até hoje. Os emos lá fora estão acabando. E não vai ficar ninguém para a posteridade.
A música emo é a pior música que nós estamos financiando hoje. É o emo e o forró dessas bandas tipo Ferro na Boneca e similares. O lixo do lixo.
Um comentário:
Coisa de EJC foi ótima!
Postar um comentário