Poxa, quanto tempo que eu não venho aqui... e a sensação é a de voltar para casa, para o aconchego do lar. Na verdade, estas primeiras palavras são as últimas que eu escrevo neste texto. Portanto, digo isso depois de ter escrito tudo que você vai lê aí embaixo.
Foram dois meses e meio sem dar as caras por aqui, neste cantinho bem legal onde eu poderia compartilhar filmes, músicas e experiências do dia-a-dia (e aí, esse hífen cai ou não cai a partir de amanhã?!).
De lá para cá, tanta coisa aconteceu... e o fundamental é dizer que as experiências que passei, as coisas que vivi, já fazem de mim uma outra pessoa. Igual, porém diferente. Sacou? Liga não, são as divagações de fim de ano mesmo...
Parei de escrever aqui no dia em que as coisas começaram a dar erradas com a compra do apartamento. Há quase um mês do meu casamento, a crise mundial estourava, os bancos entravam em greve, as eleições americanas ditavam até a minha vida e eu não tinha onde morar.
Era, praticamente, o caos.
Para não fazer deste o post mais longo do ano, vou resumir assim meus últimos quase três meses:
- não comprei apartamento, aluguei;
- conseguimos (junto com a Funesc), trazer o grande Stanley Jordan, que não só fez show como visitou hospital e deu uma boa descansada
- tirei férias;
- casei e foi tudo muito lindo, muito especial e, principalmente, muito feliz (dá pra ver algumas fotos no meu Orkut)
- 46 horas antes do “sim”, nosso governador foi cassado pelo TSE, um presente de casamento não muito legal...
- a lua-de-mel foi
- montamos um apê bem aconchegante (com direito ao meu home-cinema de ponta) e agora eu sou um cara que faz feira, sabe o preço da batata e do arroz e dou carão quando a geladeira fica muito tempo aberta – afinal, ô energiazinha cara esta nossa...
- as aulas da especialização – a que me levou a escrever este blog – terminaram e agora eu tenho que mergulhar na monografia, que é na área de cibercultura;
- há três semanas, o marido da minha tia, ex-deputado e prefeito de uma cidade aqui da Paraíba, deu um tiro no peito, algo completamente improvável da parte de um sujeito como ele. Foi, sem dúvida, o momento mais louco do ano.
Foram aproximadamente 80 dias de vastas emoções e pensamentos imperfeitos que me trazem a hoje, 11h59 do dia 31 de dezembro de 2008, o “the last good day of the year”, como na canção do Cousteau.
A primeira sensação que me vem ao coração, agora, é a de felicidade. Estou muito feliz por ter casado com uma pessoa maravilhosa, carinhosa, compreensiva e, sobretudo, torcedora e paciente (afinal, ela casou comigo, alguns milhares de CDs, centenas de DVDs e dezenas de livros que ocupam boa parte do apê). Torcedora por nós, por mim, pela nossa profissão (afinal, ela também é jornalista) pelas coisas que a gente gosta (que incluem filmes, música e HQs – e de fazer tudo isso em casa).
A segunda é a de que a vida segue. Terminada uma etapa, já fazemos os planos para a próxima. Em 2009, o desejo é de crescer mais, buscar novos horizontes profissionais e cair de cara no conhecimento e no saber. Pra mim e pra Lílian. E já temos planos para 2010... mas deixa terminar 2009, né?!
A terceira é da própria vida
E descobrir o aconchego da família e dos amigos, poder recebê-los com conforto e alegria, compartilhar idéias, experiências, dar conselhos reservados. Ouvir velhos discos, redescobrir outros com novos sabores e ver e rever filmes, em ótima companhia.
Esse pedacinho de 2009, das coisas boas que aconteceram nesses 80 dias, é o que eu levo daqui para frente. E está aqui para quem quiser uma lasquinha, um tiquinho, um grãozinho...
A todos os meus 9, 12, 14... agora não sei mais quantos leitores, um 2009 como tudo de bom que houver nesta vida. Saudade de vocês, mas a gente se vê com mais freqüência no ano que vem...